O
Movimento das Danças Circulares dos Povos nasceu na década de 70, do encontro
do bailarino alemão Bernhard Wosien - que estava com seus alunos mergulhados em
uma pesquisa sobre Danças Circulares - com a comunidade da Fundação de
Findhorn, na Escócia.
Findhorn,
se dedicava, como até hoje, ao exercício que possibilite o desenvolvimento de
competências humanas necessárias para preservar a vida comunitária, com o
respeito a todas as vidas.
A
partir desse encontro incluíram as danças em seu cotidiano, como mais uma
atividade facilitadora da aprendizagem de conviver, usufruída por seus
residentes e pelos muitos visitantes, de muitos outros lugares do Planeta.
De
lá essa prática se disseminou para o mundo, com fins de integração.
De
lá, uma linda teia de queridos buscadores brasileiros, a trouxeram para nossa
terra, onde encontrou solo muito fértil. E chegaram a Belém do Pará, na nossa
Amazônia.
Além
do acervo de danças tradicionais étnicas que foi redescoberto, muitas danças
tem sido coreografadas contemporaneamente com o mesmo fim.
Para que dançar na
roda?
Praticando
a dança circular fomos descobrindo em nós o poder de um recurso profundamente
educativo e terapêutico.
Quando
dançamos em roda as danças tradicionais de povos distantes geográfica e
temporalmente, nos conectamos com eles e com o significado de seus rituais e
celebrações, configurando-nos como parte da infinita Teia Viva.
Quando
dançamos nossas sonoridades, integramo-nos conosco e reverenciamos nossas
raízes.
O
movimento conjunto cadenciado e a participação de cada pessoa no círculo fazem
com que este seja vivenciado como uma metáfora viva e pulsante das nossas
relações com/e no mundo.
Além
de propiciar um estado de descontração, relaxamento e bem-estar, a dança
circular possibilita um exercício magnífico de atenção plena, concentração e
meditação, quando então percebemo-nos ligados uns com os outros, diferentes,
mas formando um todo único.
Isso
nos religa, nos reaproxima dos outros, nos reconecta ao mundo e, portanto à
nossa essência.
O
desenvolvimento da atenção é fundamental para que superemos padrões de
funcionamento no automático, com os quais nos fazemos mal e aos outros.
Quanto
mais praticamos, mais identificamos os efeitos deliciosos de dançar em roda: o
despertar da leveza, alegria e serenidade que há em cada um de nós; o
desenvolvimento da percepção; do senso de cooperação; da liberdade para ser o
que se é; o estímulo a que as pessoas expressem o que tem de melhor em si; o acordar
da musicalidade e sensibilidade rítmicas; o desabrochar da percepção da beleza
na vida diária; o exercício da flexibilidade e da tolerância com as diferenças
e com o próprio não saber; integração corpo-mente-emoção-espírito; exercício de
disciplina; superação de desafios e limites pessoais e, conseqüente
desenvolvimento da auto-estima e de outros potenciais adormecidos.
E
mais: para dançar em roda não precisa saber dançar. Basta deixar-se vivenciar
com liberdade, o prazer de ser um “eterno aprendiz”.
Não sei o que aconteceu, enviei minha inscrição e acho que não chegou para vcs. Podem ver o que aconteceu?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTem oficina p facilitador de dança circular?
ResponderExcluir